O Portal do Trânsito produziu uma reportagem especial para mostrar que não faltam exemplos para ilustrar o perigo que ronda as nossas rodovias.
Alterações no sistema de suspensão dos veículos são bem comuns no nosso país. E, agora, inclusive os veículos pesados, muitas vezes usados em transporte de cargas nas rodovias, também aderiram a esta prática. Só que dependendo do caso, essa modificação pode colocar em risco a segurança no trânsito, principalmente quando ela está fora das exigências que a legislação permite. O alerta do Portal do Trânsito, no entanto, é que mesmo alterações consideradas legais podem representar perigo.
Conforme as normas em vigor, que estão dispostas na Resolução 916/22 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), caminhões podem ser elevados em até 2° graus. Ou seja, 3,5 centímetros por metro de comprimento. Além disso, as lanternas traseiras não podem estar 1,20 metros acima do piso.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) este tipo de alteração aumenta a chance de acidentes graves.
A elevação dos eixos traseiros de um caminhão causa um impacto considerável na estabilidade do veículo, pois os eixos dianteiros ficam sobrecarregados com a transferência de peso, o que pode causar avarias quando as rodas cruzam desníveis ou buracos na pista e aumentam consideravelmente o risco de tombamento em curvas, além do mais, o para-choque traseiro deixa de exercer seu papel por estar mais alto, assim, o risco de prejuízos maiores em colisões aumenta.
“Até os próprios caminhoneiros ficam diretamente mais expostos ao perigo, uma vez que, no caso de uma frenagem forte e inesperada, a elevação traseira enfatiza o deslocamento da carga para a frente, em direção à cabine”, alerta a PRF.
A situação se tornou tão comum que a Polícia Rodoviária Federal planeja operações específicas de fiscalização para abordagem de veículos com alteração no sistema de suspensão, mais conhecida como suspensão arqueada.